sexta-feira, 28 de junho de 2013

Lady Susan - 1ª carta




No momento estou trabalhando na tradução de uma história inacabada de Jane Austen chamada Sanditon - que está sendo adaptada em formato websérie seguindo o estilo de Lizzie Bennet Diaries (uma adaptação moderna de Orgulho e Preconceito), ou seja, se passa nos dias de hoje (Welcome to Sanditon pode ser visto no canal da Pemberley Digital: 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Sites úteis


Já faz um tempo desde o meu último post e percebi que do jeito que está não vai dar certo, então resolvi me dar prazos. Quero me comprometer a escrever agora pelo menos uma vez por semana e verei se consigo aumentar essa ocorrência.

Nesse meu "retorno", resolvi deixar aqui alguns sites para consulta (para tradutores, revisores ou de interessados em geral). Vários deles já salvaram a minha vida!

Dicionários de inglês:
  • www.thefreedictionary.com – dicionário monolíngue. Além da definição das palavras, mostra sua escrita fonética e é possível ouvir a pronúncia no inglês americano e britânico; oferece também sinônimos, termos médicos e legais, acrônimos, expressões idiomáticas, etc. Além disso tem alguns jogos como forca e matérias na página principal. 
  • www.merriam-webster.com – um dos mais famosos dicionários monolíngues da língua inglesa. Oferece as mesmas opções que o FreeDictionary, como sinônimos e expressões idiomáticas, mas creio que é mais conhecido.
  • www.urbandictionary.com – monolíngue. OTP, ASAP, LOL e outros acrônimos, palavras e expressões modernas você encontra nesse dicionário, sempre com um ou mais exemplos para deixar o termo em contexto. Já me ajudou muitas vezes, mas tenha cuidado: ele é uma espécie de Wikipédia, ou seja, seus termos são incluídos pelos próprios usuários. É interessante dar uma olhada na quantidade de “joinhas” que o termo pesquisado possui, pois é uma forma de os usuários classificarem se o que estão lendo é bobagem ou não (e você também pode dar mais uma pesquisada na internet, por via das dúvidas).

Dicionários de português:
  • http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23 – está com dúvida se uma palavra é escrita desse ou daquele jeito? Se tem hífen ou não? É masculina ou feminina? É só checar no VOLP e tirar suas dúvidas. Ele não oferece definições das palavras, apenas a forma como se escreve e sua classificação/ gênero. 
  • http://aulete.uol.com.br/ – dicionário online. Possui mais de 818 mil verbetes, definições e locuções para consulta. Você também pode se cadastrar para participar do fórum de discussões, onde pode levantar dúvidas e, até mesmo, enviar colaborações.

Dúvidas sobre gramática:
  • http://www.estadao.com.br/manualredacao/ –  s regras de redação e estilo mais aceitas pela maioria das editoras. Divide os tópicos em ordem alfabética e tem sessões especiais para os 10 erros mais graves e os 100 erros mais comuns.
  • http://www.ciberduvidas.com/ – é um site de Portugal. Tem matérias diárias interessantes e uma seção para tirar dúvidas onde, se o usuário não achar a resposta para o que está procurando, pode fazer uma pergunta que eles respondem. 
  • http://www2.tvcultura.com.br/aloescola/linguaportuguesa/ – profº Pasquale responde. Todos conhecem ele. Não?
  • http://g1.globo.com/platb/portugues/ – dicas de português com Sérgio Nogueira. Ótimo site para tirar dúvidas de gramática, cheio de curiosidades e alguns “jogos” (desafios) para os leitores. Geralmente é tudo muito bem explicado e fácil de entender.

Blog:

Trabalhos freelancer:
  • www.proz.com – o site na verdade traz diversas opções. Você pode aplicar para um trabalho (se atender os requisitos mínimos) e também pode tirar dúvidas consultando glossários e respostas de perguntas feitas por outras pessoas, assim como fazer suas próprias perguntas e responder as dúvidas de outros usuários. Para se candidatar para algumas vagas, no entanto, assim como para acessar algumas opções do site, é necessário mudar o seu cadastro para um pago (os valores variam).
  • https://www.workana.com/ – aqui você pode procurar por projetos ou por prestadores em diversas áreas e não paga nada por isso. Tem também vários testes para certificar sua competência. A maioria dos trabalhos que aparecem (na parte de "writing and translation") são para redação de matérias para blogs, mas, eventualmente, aparecem certos trabalhos de revisão ou de tradução.
  • http://www.freela.com.br/ – outro site sem custo, mas também com mais opções para trabalhar escrevendo para blogs do que para revisão e/ou tradução.
  • http://www.comunicageral.com.br/ – costumava ser de graça, porém já faz um tempo que mudaram isso. Agora você pode se inscrever e procurar por projetos sem pagar nada, OK, mas se quiser se candidatar para uma vaga precisa pagar uma mensalidade.
Esses são apenas alguns. Existem vários outros sites para freela, como o http://trampos.co/http://www.prolancer.com.br/, etc.

...e por último, mas não menos importante,

Sindicato dos tradutores:
  • http://www.sintra.org.br/site/index.php – tem diversas informações para tradutores profissionais, estudantes e professores. Possui tabelas com os preços de mercado para tradução, interpretação, revisão, legendagem, etc. Também é possível buscar por profissionais por meio do site.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Eu quero acreditar (na Força) em legendas


Espero que aqueles que leem meu blog não se importem de eu sempre falar sobre séries, porque, se tiverem um problema com isso, sinto informar que aqui vou eu com mais uma!
Esses dias eu estava assistindo Arquivo X, já que ainda não tinha visto essa série completa e achei isso muito errado, uma heresia mesmo (e agora estou quase na metade da segunda temporada =D) e no episódio The Erlenmeyer Flask / Jogo de Gato e Rato (S1, Ep23) tem uma fala do Mulder que, como no post anterior, faz referência a algo. Coloquei um bom pedaço da fala dele apenas para um maior contexto da situação, mas o que interessa está em destaque. Mulder está falando com o Garganta Profunda, um valioso informante cujas dicas/fontes de tão mínimas e crípticas chegam a ser frustrantes.

Mulder: You know, from day one, this has always been on your terms. I've gone along, been the dutiful son. But maybe this time, we can just cut out the Obi-Wan Kenobi crap and you can save me the trouble.

Porém na legenda do episódio que assisti lê-se:

Mulder: Desde o começo é tudo feito nos seus termos. Tenho feito tudo sem reclamar. Talvez seja hora de sermos mais diretos.

Pobre Obi-wan, completamente ignorado... tudo bem que seja lá quem fez a legenda de fato entendeu a ideia do diálogo original, pois ao pedir para o Garganta Profunda dar um tempo com essa bobagem de Obi-wan Kenobi, Mulder quer dizer, em outras palavras, que já era hora do GP ser mais direto. Está correto e ao mesmo tempo não. Passou a ideia? Sim. Tem o mesmo, digamos, "peso"? Não. Claro que é preciso levar em conta que legendas têm um limite de caracteres por segundo, mas é aí que mora a difícil escolha do tradutor do que é mais ou menos importante. 

O problema de quando se faz uma escolha como a acima é que caimos novamente no (entediante) território do genérico. E por quê? Não é apenas em séries de ficção ou temas sobrenaturasis como Arquivo X ou Buffy que podemos ver referências, mas também em outras sem "poderzinho" como The Mentalist  (The Big Bang Theory já entra em outra categoria porque mesmo sem "poderzinho" é uma série totalmente nerd), que em um episódio o protagonista, Patrick Jane, diz ao passar por um guarda que bloqueava o caminho: "These are not the droids you are looking for" (e o engraçado aqui é o Jane já ter hipnotizado algumas pessoas para resolver os casos). Mesmo quem nunca assistiu Star Wars na vida conhece essa fala do Obi-wan, além do "Eu sou seu pai" e o som da Marcha Imperial. Ainda na mesma série, em um de meus episódios favoritos (Devil's Cherry - S5, Ep ), há referências a Alice no País das Marvilhas quando Jane toma um chá batizado (com beladona) e durante sua "viagem" além de ter uma alucinação com a filha morta (e partir meu coração) também segue um coelho e vai parar em um "país das maravilhas".
Mas voltando ao Arquivo X, convenhamos que essa série está repleta de referências para quem souber procurar! Como o número do apartamento do Mulder ser 42, ou fato de ele sempre assistir filmes B como o "clássico", o Cidadão Kane do diretor Ed Woody: Plano 9 do Espaço Sideral (que, aliás, Mulder assistiu - sim, alguém contou - 42 vezes!). Já Scully chama seu pai de Capitão Ahab, ele a chama de Starbuck e o cachorro da familia é Queequeg: todos nomes de personagens de Moby Dick. Só alguns exemplos.

Por um lado, pode-se dizer que tirar as referências não estraga (muito?) a legenda se a mensagem ainda for mantida... mas ainda assim a deixa mais pobre. Como um costume que ficou famoso no século XVII conhecido como as belles infidèles, cujo objetivo, como o nome faz pensar, era deixar o texto belo (importante fazer notar que o "belo" é uma noção incerta e depende demasiado da impressão de cada um), mantendo de certa forma a ideia do texto e traduzindo apenas seu "espírito",  porém tornando-se um infiel (traidor) da letra.

A verdade é que cada caso é diferente e muitas vezes o tradutor tem que simplemente fazer o que pode e não o que quer (ou o que seria ideal). A tradução é um campo difícil e sempre vai vir acompanhada de discusão e polêmica...

E que a Força esteja com vocês!





quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cuidado, intuição de aranha alerta: Perigo, perigo!





Olá mais uma vez! 

Estou de volta com outra curiosidade sobre séries, suas traduções e as legendas talvez duvidosas ou equivocadas. No episódio de hoje, abordaremos uma questão que vem me atormentando: é correto considerar apenas a “massa” e entregar um texto traduzido de forma genérica? Ou deveríamos esperar que o telespectador, caso não entenda uma referência, vá procurar informações sobre o assunto? (o filme Cloud Atlas, que ficou o um título pra lá de genérico aqui no Brasil – “A Viagem” – é um exemplo disso. Ideias para um próximo post ;D ?). Tirar referências culturais ou pop presentes no original não seria o mesmo que chamar os telespectadores de “burros”? Ou seria pura e simples falta de informação e / ou interesse da parte do tradutor da legenda? (no entanto, sei que, de modo geral, infelizmente o tradutor de legendas não tem outra escolha se não seguir as normas do empregador por mais que elas causem certo... conflito com o diálogo original. Paciência...)

Em um episódio de Buffy chamado I, Robot... You, Jane (S1, Ep8), a nossa destemida Caçadora está conversando sobre mais um possível perigo; ela e seus companheiros não tem certeza ainda do que possa ser, mas Buffy sabe que ALGO está para acontecer... ela pode sentir isso. Então, segue-se a conversa: 

Buffy: Besides, I can just tell something's wrong. My spider-sense is tingling. 
Giles: Your... spider sense? 
Buffy: Pop culture reference. Sorry.

Na legenda do episódio que assisti, o diálogo acima resultou no seguinte: 

Buffy: Algo está errado. Minha intuição. 
Giles: Sua intuição? 
Buffy: Coisa de mulher.

O.O?!   

Eis que temos um diálogo divertido e interessante transformado em algo completamente genérico e amorfo.

Na verdade a ideia é mais ou menos a seguinte: Buffy está dizendo que sente que tem algo errado acontecendo porque seu “sentido de aranha está apitando” (zunindo, disparando, formigando, tilintando...). Guiles – rato de biblioteca como ninguém, mas sem muita noção de mundo e de qualquer outra coisa que não esteja relacionada com seus amados livros – fica perdido e pergunta “O seu... sentido de aranha?”, ao que Buffy simplesmente diz se tratar de uma referência da cultura pop. Foi mal, Giles! OK, pode ser que alguém assistindo Buffy não conheça o Homem Aranha e, mesmo mantendo o diálogo de acordo com o original, tal pessoa perderia a piada. Mas sejamos realistas: a probabilidade de um fã de Buffy conhecer histórias em quadrinhos ao menos o suficiente para entender a passagem, é muito grande! Eu comprei só uma meia dúzia de revistas o HA durante toda a minha vida e entendi do que ela estava falando só de ouvir o original em inglês! E mesmo se não conhecer a referência, qual o problema? Vai se informar! 

Importante lembrar que não, eu não estou aqui para julgar o trabalho de ninguém, já que, para começar, eu nem disse onde assisti esse episódio com a tal legenda e depois, porque esse nunca foi meu propósito. 

Este é apenas UM exemplo dos diversos que com certeza existem (e eu tenho até alguns tantos em mente). É só prestar bastante atenção ao assistir um filme para perceber as diferenças - às vezes mínimas e outras, como aqui com a Buffy, nem um pouco - entre o que os atores estão falando e o que está escrito nas legendas. Esse é mais um motivo para eu gostar de assistir filme/séries apenas no original, assim posso reparar nas escolhas feitas e nas saídas encontradas, coisa impossível quando os personagens já estão falando na nossa língua nativa. 

OK, este era para ser um post curto, então... That's all folks!


sábado, 12 de janeiro de 2013

Mercador Traidor



Eu não tinha muita certeza do que postar, assim, para começar, então resolvi usar algo que estava na minha cabeça desde que assisti a um episódio da série The Mentalist (S3, Ep16: “Red Queen”). Só para entender o que acontece na cena, um homem foi encontrado morto em um museu. Assassinado. A vítima é Manuel Montero e ele trabalhava no museu. Na cena, o detetive Wayne Rigsby está entrevistando um professor de Antropologia e colega de Montero, Christo Papadakis, que pelo sobrenome é descendente de gregos. O interessante aqui (e o que torna a passagem cômica – ou trágica) é o “ruído” na conversa entre os personagens. Aqui está a transposição das partes que interessam. (E mais abaixo tem o vídeo com a cena.)


Papadakis: Montero was on the run.

Rigsby: On the run from who?

P: Nobody. He traveled. He was always running to the South America. His career was in ruins.

R: Well, tough times for everybody.

P: Not for Montero. He had lots of money.

R: You just said he was in ruins.

P: Yes, the Toltec. Mayan.

R: Oh, Montero was an archaeologist!

(...)


Aqui, ao dizer que Montero estava “on the run”, Papadakis quis dizer que ele vivia correndo, indo para a América do Sul. A confusão acontece porque essa expressão pode significar que uma pessoa está muito ocupada, correndo de um lugar para outro, mas também, por outro lado, quer dizer que alguém está fugindo. E mais: Papadakis deixou o on the run sem contexto, então naturalmente o significado acaba sendo o de fugir. Papadakis poderia ter dito algo como “Montero was always on the run from Sacramento to South America.”, para não haver espaço para dúvidas. Em português a confusão não é a mesma, uma vez que quando dizemos que fulano “estava correndo” não dá a entender, necessariamente, que tal pessoa estava correndo de alguém ou de algo; para isso diríamos fugindo mesmo.

Quanto ao “his career was in ruins”, com  a tradução "a cerreira dele estava em ruínas" dá para manter a confusão e o duplo sentido esperados. Obviamente, da maneira que a fala foi dita, sem maiores explicações, o ouvinte vai pensar (como o pobre Rigsby) que a carreira de Montero estava acabada, que ele estava no fundo do poço, sendo que, na realidade, o que Papadakis quis dizer foi que o local de trabalho de Montero eram as ruínas. Que ele trabalhava como arqueólogo.



R: Can you think of anyone with a reason to kill Montero?

P: Well, he was a trader...

R: Oh, a traitor? Who did he betray?

P: Betray? Nobody...

R: But you’ve just said...

P: Montero was an honest antiquities dealer, one of the last! Most traders these days are looters and no-good son-of-a-bitches.

R: So Mr. Montero was a TRADER, he TRADED antiquities excavated from South America ruins.

P: Are you really professional police officer?

E agora, o final. Para uma melhor compreenção aqui é interessante assistir ao vídeo, pois o "ruído" da conversa é puramente uma questão de pronúncia agora. 
No caso, as palavras traitor e trader, que são minimal pairs (duas palavras que dependem unicamente de um fonema para se distinguir o significado, como vaca e faca, por exemplo. Ou os pares iminente/eminente, comprimento/cumprimento, suar/soar, cujos significados são tão distintos que uma confusão entre eles compromete a compreensão de uma sentença) acabam sendo confundidas e fazendo com que Rigsby perca um pouco a paciência e o profº Papadakis duvide da capacidade de Rigsby como policial.
A tradução para o português da palavra traitor é traidor, mas trader seria vendedor ou negociante/mercador, o que, portanto, não as torna um minimal pair. Com as palavras traidor e mercador não teria como haver confusão com um erro de pronúncia. Pensando em uma tradução para esta parte (mantendo a ideia de que eles estão com um problema para se entender), Papadakis poderia dizer que Montero era um traficante, sendo que sua intenção seria dizer comerciante, mas ele confunde a utilização real da palavra. Traficar é vender, mas nós apenas utilizamos essa palavra para designar algum comércio ilícito, o que não é o caso... aparentemente (assitam The Mentalist e descubram ;D). Porém, com esta solução, o “ruído” não seria mais uma questão de pronúncia, mas sim de semântica. Outra possibilidade seria tentar encontrar um par de palavras em português semelhantes na pronúncia (como os minimal pairs que citei acima), mesmo que seu significado acabasse sendo diferente do original, desde que tivessem em português um sentido distinto o suficiente para causar confusão. Sinceramente, não consigo pensar em um agora. Vou ficar com o meu "traficante".


Agradeço a todos que chegaram até o fim! Espero que este post não tenha ficado muito chato e feito alguém dormir sobre o teclado (ou ter vontade de jogar o computador na parede - não faça isso!). Para mim foi divertido analisar (um pouco) essa cena. Vou pensar sobre o que mais posso escrever... quem sabe uma tradução minha da próxima vez =D
OK, vou parar de escrever agora e ir estudar minha pronúncia de minimal pairs!





Quimeras e outras criaturas...

Olá, caros visitantes! Sejam da Terra Média, de Nárnia, Cáprica ou mesmo da Terra, bem-vindos!

A ideia inicial para este blog foi do meu amigo Sander, e ele, junto com mais duas amigas, Lívia e Fernanda, ajudaram na minha decisão para o nome. Durante meus quatro anos no curso de Tradução, uma das coisas que mais ouvi (além de que precisávamos ter "network") é que a tradução é um processo quimérico: uma quimera, além de ser uma criatura mitológica com partes de vários animais, também significa (ou talvez eu devesse falar, por isso mesmo significa), de acordo com o dicionário online Houaiss, "2. combinação heterogênea ou incongruente de elementos diversos; 3. produto da imaginação, sem possibilidade de realizar-se; absurdo, fantasia, utopia". Quanto à Torre de Babel, todos sabem, mesmo que vagamente, a história da "confusão das línguas", não é? 
De modo geral, sim, vou falar de tradução, interpretação e coisas afins. Tentarei incluir trechos de livros que traduzi (não profissionalmente) em postagens futuras.

Vamos lá, então!